Passámos ao largo do Rio, durante a noite, longe o suficiente para não ser possível distinguir os contornos da cidade, linda e maravilhosa, contra uma pequena mancha homogénea de luz artificial. Assaltou-me a tristeza pela inconveniência dessa escala, também temporal mas sobretudo burocrática, revoltante, mafiosa!
Ao cair da noite seguinte, à hora da nossa chegada, já o Yacht Club de Ilhabela celebrava as regatas do dia, num convívio bem animado de velejadores e entusiastas ao sabor de jazz, bossa nova e cerveja.
O Temüjin ficou durante todo o evento, embora penosamente privado da presença do "protegido do Gengis" que, dois dias após a chegada, teve que se ausentar em função dos compromissos do costume. Infelizmente pudemos apenas acompanhar (bem de perto, diga-se) as regatas diárias que compõem a Rolex Ilhabela Sailing Week, evento anual mais importante e concorrido da vela sul-americana. Centenas de veleiros vem de todo o Brasil e alguns da Argentina e Uruguai, propositadamente para participar da copa. Quanto ao Temüjin, que veio de Portugal, a burocracia (de novo; a detestável e questionável) nos impediu de participar ativamente da acirrada disputa.
Certa noite, como que para marcar o fim do evento que iniciara uma semana antes, entrou uma terrível frente fria que trouxe ventos soprando entre 35 e 55 nós, desamarrando alguns barcos, afundando outros e causando tormento geral durante toda a noite. Escapámos ilesos, sem um arranhão.
Apesar de tudo, foi muito proveitosa e agradável esta escala do Temüjin na sua rota rumo ao sul.
terça-feira, 21 de julho de 2009
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Que bom que nada aconteceu com o Temüjin!
ResponderExcluirQuando teremos novos posts?
Abs!